Porque é que os exames de rotina e o tratamento precoce são essenciais no glaucoma

O glaucoma, a segunda principal causa de cegueira em todo o mundo (pior só mesmo a catarata), é frequentemente referido como “o ladrão silencioso da visão” porque pode facilmente passar despercebido. Pode ter um caso muito grave de glaucoma e não ter consciência disso, sobretudo se não estiver a afetar a sua visão central ou a causar visão embaçada”, confirma Lauren Dhar, oftalmologista do Krieger Eye Institute, nos EUA.

“Não é a mesma coisa, mas podemos pensar nisto como a pressão alta. Muitas pessoas têm pressão alta, e não é algo que, quando se entra no consultório médico, se diga: ‘Acho que tenho pressão alta’. Muitas vezes só se sabe quando se mede a pressão e isso está a causar danos silenciosos ao corpo”, reforça.

Da mesma forma, o glaucoma pode danificar impercetivelmente a visão, razão pela qual os exames de rotina são tão importantes.

Pertencendo a uma família de doenças que causa perda de visão ao danificar o nervo ótico, o glaucoma costuma ser causado por pressão ocular anormalmente alta. Afeta a visão periférica antes de afetar a clareza da visão, e é por isso que pode passar despercebida antes de causar danos graves.

Ter mais de 60 anos, história familiar (especialmente se um familiar de primeiro grau foi diagnosticado), uma história de hipertensão ocular e ser muito míope estão entre os principais fatores de risco para o glaucoma.

A perda de visão causada pelo glaucoma é permanente. Por isso, o tratamento precoce é fundamental. Atualmente, a única forma de tratar é modificar ou diminuir a pressão ocular. Colírios medicamentosos (para uso uma vez ao dia ou várias vezes ao dia, em alguns casos), procedimentos a laser e cirurgia são opções de tratamento possíveis.

Um tratamento que se faz de forma gradual, começando com o menos invasivo e passando para procedimentos invasivos quando necessário.

O oftalmologista pode ajudar a determinar qual o melhor tratamento. Mas para isso é preciso que a pessoa seja diagnosticada, o que implica a realização de exames de rotina à vista, que podem permitir ao médico monitorizar os sinais de glaucoma dos quais a pessoa pode não estar ciente.